Venho acompanhando desde o Domingo (08/05/2011) uma reportagem realizada pela TV Globo (No Fantástico e Telejornais) sobre a qualidade da Merenda Escolar no Brasil. Os Estados de Goiás, Alagoas e Distrito Federal parecem refletir claramente a situação de todo o Brasil por unidades da federação. O Ceará não difere em nada das reportagens já exibidas. Até sugiro à Televisão ampliar seu campo de pesquisa para complementar suas reportagens estendendo-se ao Município de Icó especificamente.
Num artigo anterior, mencionei a Reforma nas Escolas. Vejo que a necessidade da interligação que a qualidade do ambiente e a merenda escolar é cada vez mais indispensável ao favorecimento para uma boa qualidade do ensino.
É indegustável o sabor das palavras de um servidor: “– chegou merenda, tomara que acabe logo, a gente trabalha demais!”
Vejam só que audácia! Infelizmente a entrega da merenda nas escolas parece ser programada de forma trimestral. E o que é mais audacioso ainda é que quando chega não é suficiente sequer para mais de dez dias, quando dá para dez dias.
Assim, a aprendizagem de algumas crianças se torna cada vez mais comprometida. Quando a barriga não exerce força para a respiração o oxigênio no cérebro acaba, comprometendo, portanto, a capacidade de raciocínio e assimilação significativa de conteúdos. Ou seja, uma criança com fome, mal acomodada nas instalações de uma escola não terá forças para acompanhar o desenvolvimento das atividades escolares. E isso comprometerá o trabalho de profissionais que muitas vezes já não o desenvolve com prazer. Imagine só numa escola onde até a água é de baixa qualidade. Para piorar, temos escolas onde a torneira da rede geral de distribuição está na calçada, mas a escola não tem sequer água encanada. Os fatos são estarrecedores e vão além do que se pode considerar o cúmulo do ridículo. O descaso com a educação pode ser geral no país, mas não acredito que um gestor de apenas 75 mil pessoas tenha tanto descaso com o que é BÁSICO para o desenvolvimento de um povo, a educação.
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