Realizado pelo MEC, o Seminário Nacional
de Educação Integral aconteceu na última terça-feira (29), em Brasília.
Representando a CNTE, o Secretário de Formação da entidade, Gilmar
Soares Ferreira, defendeu que a educação integral começa com políticas
que garantam a formação e valorização dos profissionais do ensino. O
evento também teve a participação do secretário de Educação Básica do
MEC, César Callegari.
Durante o seminário foi discutida a
escola pública de tempo integral, em que os alunos têm uma jornada
diária de sete horas. O Programa Mais Educação, do MEC, já implantou a
jornada ampliada em 15 mil escolas até agora, e promete aumentar o
número para 30 mil até o final do ano. Os desafios da educação integral,
incluindo a definição de um currículo adequado a esse novo modelo,
estiveram entre os temas em discussão.
A educação de tempo integral não se
restringe unicamente ao aumento da carga horária das escolas. Pretende,
acima de tudo, formar o aluno de forma completa. No tempo a mais em que
ele permanece na escola, o estudante pode realizar atividades culturais,
artísticas e esportivas, além de se aprofundar em temas ambientais,
econômicos e sociais.
Para Gilmar Soares Ferreira, a educação
de tempo integral é chave para a solução de muitos problemas de
aprendizado: "Nós só vamos superar alguns problemas de aprendizado que
temos hoje com a ampliação do tempo do aluno na escola. Esse é o grande
desafio para a Nação, para o qual nós não estamos preparados. Por isso a
luta pela aplicação dos 10% do PIB na Educação é fundamental", defende.
Segundo o secretário de formação, a
educação integral começa, antes de tudo, com políticas educacionais que
garantam a formação e valorização dos profissionais da educação,
dando-lhes a chance de se dedicar a uma única escola. "Garantir uma
educação de qualidade tem que levar em conta a integralidade do tempo do
aluno na escola, mas também a dedicação exclusiva dos profissionais",
afirma.
A CNTE entende que, apesar dos esforços
do Governo, a educação integral precisa se tornar uma política de
Estado, e não se manter com base em programas. "O Mais Educação ainda é
um programa de Governo. Tem que alçar um voo à condição de Política de
Estado de Educação. É por isso que é preciso que o Governo se esforce
mais. Há muito o que fazer, há muito o que lutar para que a gente possa
garantir a educação de qualidade aos filhos e filhas do povo
brasileiro", defende Gilmar.
Fonte: CNTE, 31/05/12
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